Para assinalar o 100º ano do nascimento de Jorge Amado.
Jorge Amado não é um escritor brasileiro. Jorge Amado é um
escritor do mundo.
Como cidadão do mundo viveu, exilado em países da América
Latina e da Europa, mas os seus textos revelam o seu coração, as suas raízes
brasileiras.
Abordando temáticas diversificadas, escrevendo para públicos
heterogéneos, procurou sempre incutir mensagens vitais, alertando sempre para
as injustiças sociais da vida. Algumas não chegaram a ser compreendidas no
tempo pretendido, mas outras tornaram-se intemporais.
É o caso da obra Capitães da Areia.
Centrando-se numa realidade que se
queria escondida, Jorge Amado revela ao mundo a problemática dos “meninos da
rua” brasileiros, o que lhe vale, em 1937, a apreensão e destruição da sua
primeira edição. Só em 1944 é que seria editada a segunda edição, que lhe
serviria de catapulta para o estrelato no estrangeiro.
Dono de uma clareza de escrita sem
precedentes, bebia no quotidiano o segredo da sua inspiração, descrevendo com
uma beleza e um lirismo inigualável o drama que aqueles jovens assaltantes
sem-abrigo vivenciavam nas ruas de Salvador.
Com as suas palavras, ele consegue
transformar a visão dos acontecimentos, fazendo com que leitor fique do lado
dos meninos, ladrõezinhos que lançavam ondas de terror na praia. Sim, porque
esses meninos são apenas “criaturas inocentes”, produto final da educação e da
atenção que uma sociedade demasiado voltada para si criara.
Apesar das contrariedades da vida, estes meninos têm
sentimentos puros, sentimentos de lealdade e de proteção que obrigam o leitor a
travar uma luta interior. E estes meninos continuam a existir pelo mundo fora…
Jorge Amado não deixa ninguém
indiferente, conseguindo amolecer o mais duro dos corações, dando novos
contornos às adversidades da vida, que continuam a subsistir e a proliferar por
todo o mundo.
Obras:
O País do Carnaval (1932)
Cacau (1933)
Suor (1934)
Jubiabá (1935)
Mar Morto (1936)
Capitães da Areia (1937)
A Estrada do Mar (1938)
ABC de Castro Alves: louvação (1941)
Brandão entre o Mar e o Amor (1941)
O Cavaleiro da Esperança: Vida de Luís Carlos Prestes (1945)
Terras do Sem Fim (1942)
O Amor de Castro Alves: história de um poeta e sua amante (1944)
São Jorge dos Ilhéus (1944)
Bahia de Todos-os-Santos: guia das ruas e dos mistérios da Cidade de Salvador (1945)
Seara Vermelha (1946)
O Mundo da Paz (1950)
Os Subterrâneos da Liberdade (1952)
Gabriela, Cravo e Canela (1958)
O Amor do Soldado (1958)
A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água (1959)
De como o Mulato Porciúncula Descarregou seu Defunto (1959)
Os Velhos Marinheiros (1961)
Os Pastores da Noite (1964)
Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966)
Tenda dos Milagres (1969)
Teresa Batista Cansada da Guerra (1973)
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor (1976)
Tieta do Agreste (1977)
Farda, Fardão, Camisola de Dormir (1979)
Cacau (1933)
Suor (1934)
Jubiabá (1935)
Mar Morto (1936)
Capitães da Areia (1937)
A Estrada do Mar (1938)
ABC de Castro Alves: louvação (1941)
Brandão entre o Mar e o Amor (1941)
O Cavaleiro da Esperança: Vida de Luís Carlos Prestes (1945)
Terras do Sem Fim (1942)
O Amor de Castro Alves: história de um poeta e sua amante (1944)
São Jorge dos Ilhéus (1944)
Bahia de Todos-os-Santos: guia das ruas e dos mistérios da Cidade de Salvador (1945)
Seara Vermelha (1946)
O Mundo da Paz (1950)
Os Subterrâneos da Liberdade (1952)
Gabriela, Cravo e Canela (1958)
O Amor do Soldado (1958)
A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água (1959)
De como o Mulato Porciúncula Descarregou seu Defunto (1959)
Os Velhos Marinheiros (1961)
Os Pastores da Noite (1964)
Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966)
Tenda dos Milagres (1969)
Teresa Batista Cansada da Guerra (1973)
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor (1976)
Tieta do Agreste (1977)
Farda, Fardão, Camisola de Dormir (1979)
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