20 junho 2011

Parlamento "Euroscola"

EB 2/3 de Rio  Tinto no Parlamento Europeu – Euroscola -  em Estrasburgo

Na sequência da participação da escola EB 2/3 de Rio Tinto, Nº1, no concurso Portugal Europeu, no Espaço Europa, em Lisboa, no passado dia 23 de fevereiro, esta acabou por vencer este concurso nacional e ser selecionada para representar Portugal no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na sessão Euroscola que decorreu no dia 10 de junho.
O programa Euroscola é organizado há cerca de 20 anos pelo Parlamento Europeu, onde participam jovens, representando escolas dos vários Estados-Membros da União Europeia (cerca de 500), tendo como objetivos: familiarizar os jovens com o funcionamento das instituições europeias; consciencializar os jovens sobre a sua condição de cidadãos europeus e a sua intervenção na organização futura da Europa; oferecer aos jovens uma tribuna onde possam exprimir as suas opiniões pessoais e valorizar o seu envolvimento no projeto europeu.
A equipa vencedora da EB 2/3 de Rio Tinto integrava alunos do 9º ano, das turmas A, D e E, num total de 23 alunos, tendo sido acompanhados por quatro docentes daquele estabelecimento: Agostinha Gomes, responsável pela organização, Clara Vasconcelos, Cristina Vieira e Palmira Ferreira.
Foi com grande entusiasmo que a delegação portuguesa chegou ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, na madrugada de 9 de junho com vista a voar rumo a Estrasburgo. Chegados à cidade francesa, no dia 10 de junho, alunos e professoras dirigiram–se ao Parlamento Europeu, onde foram calorosamente recebidos.
Assim, enquanto os alunos foram encaminhados para o hemiciclo do Parlamento Europeu, as professoras tiveram a oportunidade de estabelecer contacto com docentes das restantes delegações presentes, dezassete dos vinte e sete Estados-Membros que formam a União Europeia. Seguidamente, ainda na parte da manhã, os professores foram conduzidos ao hemiciclo a fim de assistirem à 1ª parte dos trabalhos, durante a qual começaram por ser dadas explicações acerca do funcionamento do Parlamento Europeu e das suas instituições; seguidamente, cada um dos porta-vozes das delegações dos Estados-Membros fez a apresentação do respetivo país/escola, no caso de Portugal, coube ao Luís Marta; entretanto, foram colocadas algumas questões gerais acerca do Parlamento Europeu, com o objetivo de os jovens deputados experimentarem e familiarizarem-se com o sistema de voto que teriam de utilizar na sessão da tarde; por fim, os alunos foram informados acerca da forma de participação no Parlamento Europeu.
Seguiu-se a pausa do almoço, que decorreu animadamente e durante a qual alunos (cerca de 400) e professores partilharam experiências e saberes, em espaços diferentes, fazendo uso dos seus conhecimentos linguísticos para comunicar com os seus homólogos. Durante este intervalo foram formadas equipas multilingues, tanto de professores como alunos, a fim de participarem no jogo Eurogame que consistia num conjunto de perguntas redigidas nos vários idiomas oficiais do Parlamento Europeu, acerca desta Instituição e de cultura geral, tendo chegado à final quatro equipas, estando numa delas também um aluno português, Pedro Ribeiro, cuja equipa acabou por ficar em 3º lugar, após algumas perguntas de desempate.
A 2ª sessão plenária decorreu após o almoço de confraternização e depois de os jovens terem participado em grupos de trabalho multilingues, a fim de discutirem diversos pontos de vista sobre os temas em debate, previamente trabalhados em território nacional, e que eram os seguintes: O lugar dos valores da Europa no mundo; 2011- Ano Europeu do Voluntariado; Meio-ambiente e energias renováveis; Liberdade de informação e cultura cidadã; Democracia e cidadania; O futuro da Europa. Seguiu-se a apresentação e votação de diversas propostas apresentadas, tendo o presidente da mesa elogiado os jovens deputados pelo facto de respeitarem os tempos e de se comportarem como adultos, congratulando-se pela produtividade desta sessão.
Para finalizar, o moderador agradeceu a todos aqueles que contribuíram para a organização desta actividade, aos professores, pois sem eles os jovens não estariam presentes, recordando que não têm qualquer obrigação para o fazer, sendo um trabalho voluntário, e, finalmente, aos alunos que desempenharam o papel de democratas e tiveram esse privilégio.
Foi ainda destacado o facto de, através desta iniciativa, os jovens verificarem que a Europa não é uma entidade inatingível, sendo exatamente o espaço onde vivem e onde podem constatar que os colegas dos outros países são tão inteligentes e normais como eles, sendo iguais a eles próprios.

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