17 novembro 2010

Quadras de S. Martinho

Na BE/CRE decorreu um concurso de quadras alusivas ao S.Martinho, com a participação de todo o AVERT.

As quadras vencedoras foram as seguintes:

1º ciclo: 3ºC
O S. Martinho está a chegar
A fogueira vamos acender
Para as castanhas assar
E na escola as comer

2º ciclo: 5ºB
S.Martinho, S. Martinho
Nosso grande militar
Da capa deste um bocadinho
Para o mendigo ajudar

3º ciclo: 9ºA
S. Martinho carinhoso
Ajudou um mendigo
Nasceu um Verão milagroso
Por Deus ser seu amigo

A todos os concorrentes os nossos parabéns.

Palestra sobre a Violência Escolar


No dia 5 de Novembro de 2010, o Dr. Rui Paulo Carvalho esteve na nossa escola para falar sobre a violência em contexto escolar, no âmbito do Parlamento dos Jovens. Realizaram-se duas sessões de esclarecimento, uma de manhã e outra de tarde, na BE/CRE com os delegados e subdelegados  das turmas do 2º e 3º ciclos. Todos participaram entusiasticamente e de modo civilizado.


16 novembro 2010

Novidades: O Rapaz do Pijama às Riscas

Todos os meses a BE irá divulgar as novas aquisições do fundo documental.

Este mês, o nosso destaque vai para O Rapaz do Pijama às Riscas de John Boyne.

AS BARREIRAS PODEM DIVIDIR-NOS
MAS A ESPERANÇA VAI UNIR-NOS


Bruno, de nove anos, nada sabe sobre a Solução Final e o holocausto.
Ele não tem consciência das terríveis crueldades que são infligidas pelo seu país a vários milhões de pessoas de outros países da Europa.
Tudo o que ele sabe é que teve de se mudar de uma confortável mansão em Berlim para uma casa numa zona desértica, onde não há nada para fazer nem ninguém com quem brincar. Isto até ele conhecer Shmuel, um rapaz que vive do outro lado da vedação de arame que delimita a sua casa e que estranhamente, tal como todas as outras pessoas daquele lado, usa o que parece ser um pijama às riscas.
A amizade com Shmuel vai levar Bruno da doce inocência à brutal revelação. E ao descobrir aquilo de que, involuntariamente, também ele faz parte, Bruno vai, inevitavelmente, ver-se enredado nesse monstruoso processo.

Um livro comovente, a não perder...
Durante a semana de 13 a 25 de Outubro decorreu na BE mais um concurso "Escrita em Cadeia" que visava premiar a criatividade na escrita.
A partir de um excerto de A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón, os alunos era incentivados a continuar a história. Aqui se reproduz o resultado final, bastante diferente do original.
A todos os participantes o nosso bem-haja e à vencedora, Catarina Casais do 8ºF; os nossos PARABÉNS.

― Este lugar é um mistério, Daniel, um santuário. Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte. Há já muitos anos, quando o meu pai me trouxe pela primeira vez aqui, este lugar já era velho. Talvez tão velho como a própria cidade. Ninguém sabe de ciência certa desde quando existe, ou quem o criou. Dir-te-ei o que o meu pai me disse a mim. Quando uma biblioteca desaparece, quando uma livraria fecha as suas portas, quando um livro se perde no esquecimento, os que conhecemos este lugar, os guardiães, asseguramo-nos de que chegue aqui. Neste lugar, os livros de que já ninguém se lembra, os livros que se perderam no tempo, vivem para sempre, esperando chegar um dia às mãos de um novo leitor, de um novo espírito. Na loja nós vendemo-los e compramo-los, mas na realidade os livros não têm dono. Cada livro que aqui vês foi o melhor amigo de alguém. Agora só nos têm a nós, Daniel. Achas que vais poder guardar este segredo?


_ Sim, pai, eu sei guardar este segredo, mas o que me estás a dizer é verdade?
_ Sim, meu filho, mas não podes dizer a ninguém, nem aos teus colegas do prédio. Este santuário de livros ganha vida durante a noite. Houve um dia em que eu e os meus colegas ficámos cá durante a noite e os livros ganharam vida, alguns começaram a cantar e outros começaram a dançar. Mas tu prometes que não dizes nada.
_ Sim, sim, eu prometo que não conto a ninguém, pai.
No entanto Daniel fez tudo ao contrário e foi logo contar aos amigos.
Ficaram a noite lá e os livros ganharam vida e atacaram-nos, levaram-nos para uma cripta subterrânea e prenderam-nos.
No dia seguinte, eles continuavam presos e ansiosos, pois pensaram que os pais estavam preocupados, mas, afinal era apenas um sonho.
Quando acordou, Daniel jurou nunca mais contar nada.  
De manhã, depois de acordar, foi tomar o pequeno-almoço com os pais…
Estava muito assustado com o que sonhou. Então, como era Sábado, foi à procura de uns livros que lhe explicassem melhor o significado da história que o pai lhe tinha contado.
Procurou, procurou, procurou e foi procurando, até escavou um buraco no jardim, mas não encontrou nada…
Andou por todas as bibliotecas da cidade onde vivia, nem almoçou só para estar mais informado.
No final da tarde, lembrou-se de um sítio que ainda não tinha visitado, o seu mágico sótão...
Lá encontrou o que precisava.
Daniel pensativo com o discurso do seu amigo respondeu:
- Claro que consigo, é um segredo difícil de esconder dos mais velhos, e muito tentador contar, mas prometo que nunca contarei esse segredo que a biblioteca tem.
- Obrigado Daniel, não sabes como me soube tão bem este desabafo…espero nunca me arrepender de o ter feito.
 Na manhã seguinte, Daniel acordou com a voz da mãe a chamar para tomar o seu pequeno-almoço.
Quando chegou à cozinha, a mãe disse:
- Então, meu filho, tens alguma novidade?
- Sim mãe, nem sabes o que o Gabriel me contou!
- O quê filho?
- Ele….
Daniel esqueceu-se que era um segredo, mas a sua consciência veio a tempo de o impedir de contar o grande segredo.
- Diz filho, ele…?
- Nada mãe, é segredo, prometi não contar, e promessa é promessa, nada no mundo me vai fazer quebrar tal coisa!
- Está bem, meu filho, vai então para a escolinha! Até logo!
À saída de casa olhou para o céu e uma brisa suave arrepiou-o. Então, olhou à volta, porém não viu nada de estranho e pensou:”esquisita, esta brisa…”.
De repente, ouviu uma voz, um pensamento talvez, não sabia bem…algo lhe disse:”obrigado por não teres revelado o nosso segredo, estamos muito agradecidos.”
Assustado fez de conta que não ouviu e continuou o seu caminho.
Logo que chegou à escola, o Gabriel preocupado perguntou:
- Contaste o segredo?
- Não, segredo é segredo, não posso contar…
- Ainda bem, porque segredo é segredo, exactamente como tu disseste.
- Mas, Gabriel, à saída de casa uma brisa estranha apareceu no céu.
- O que te disse?
-‘Obrigada, por não teres revelado o nosso segredo, estamos muito agradecidos.’
- Foi a biblioteca que te disse.
Gabriel, por sua vez disse ’hummmm, que estranho.’
-Não sabia que a biblioteca falava.
-Pois, nem eu.
-Olá, nós trabalhamos aqui na biblioteca.
-Disseram que a biblioteca fala?
-Isso é verdade.
-Porquê? A biblioteca fala?
-Gostam da biblioteca?
-Sim, sim, a biblioteca é um sítio muito agradável!
-Porque tem livros que nos ensinam tudo.
-Claro que vou pai!
-Ainda bem Daniel, espero que o guardes muito bem!
 No dia seguinte, Daniel quando estava na escola, estava a jogar um jogo com os amigos, e então…
-Anda lá Daniel, é a tua vez de contar um segredo!
-Não posso. Prometi que não dizia nada a ninguém.
-Mas tens que dizer!
-O meu segredo nunca mais será revelado nem aos meus melhores amigos!
 Então, Daniel foi para casa. Pousou as coisas no quarto e fez os trabalhos de casa. A seguir o pai perguntou-lhe se a escola lhe tinha corrido bem.
-Então Daniel, a escola correu-te bem?
-Correu pai! Até estive a jogar um jogo em que tinha de dizer o meu segredo! Mas não o disse porque eu prometi que não o dizia a ninguém!
-Ainda bem Daniel! Sabia que poderia confiar em ti.
-Pai, a partir de agora podes sempre confiar em mim pois eu aprendi a guardar um segredo, seja lá qual for.
- É assim que se fala, filho. Agora vai dormir para amanhã acordares cheio de energia para conseguires estar atento na escola.
-Está bem, vou fazer isso.
Então, o Daniel foi dormir. Sonhou com os livros a falarem com ele, por isso pôs-se a gritar durante a noite, porque estava a ter um pesadelo mas o pai foi acalmá-lo. No dia seguinte, o Daniel acordou bem-disposto. A caminho da escola, ele ouviu outra vez aquelas vozes a dizer “Obrigado por não teres revelado o nosso segredo, estamos muito agradecidos.” Não ligou outra vez e foi para a escola falar com o amigo:
- Sabes Gabriel, hoje a caminho para a escola ouvi outra vez aquelas vozes.
- Devem ser os livros a agradecer-te por não teres dito o segredo deles a ninguém.
- Até aí eu já cheguei, não sou assim tão burro.
-Está bem, já não está aqui quem falou.
- Vamos para as aulas porque a «stôra» já deve estar lá dentro e nós aqui com estas conversas.
- Vamos lá.
Eles estavam nas aulas e o amigo do Daniel ouviu as tais vozes vindas dos livros e ficou com muito medo. Mandou um papel para o Daniel a dizer que estava assustado com aquelas vozes que ele tinha ouvido durante as aulas.
Saíram das aulas e o Gabriel foi logo ter com o Daniel muito, muito assustado:
-Eu já sei como são as vozes porque eu …
-Eu sei, eu recebi o teu papel e olha que eu também fiquei preocupado contigo, comecei mesmo a pensar que a professora se tinha apercebido.
-Olha, eu vou para casa disse o Daniel.
 Ele foi para casa e estava cheio de fome, por isso pediu à mãe para lhe fazer o lanche. Sentou-se enquanto esperava. Entretanto viu um livro a sair da sua mochila que dizia:
- Tu não te vais ver livre de mim, eu sei que não contaste o segredo mas podes vir a contar por isso eu estou sempre perto de ti…
Daniel ficou assustado a pensar porque é que o livro dele se mexeu mas disse:
 -É claro, este livro foi o que eu requisitei na biblioteca, na semana passada.
Aquele livro que tinha saído da mochila do Daniel, não queria que o segredo da biblioteca fosse desvendado.
O segredo que a biblioteca guardava era muito importante, portanto os livros queriam evitar que fosse descoberto pelos habitantes da cidade. Se tal acontecesse não poderiam cantar nem dançar, nem divertir-se; tinham que estar sempre naquela estante velha em que nunca ninguém quis tocar.
No dia seguinte, o Daniel foi à biblioteca para ler um livro e enquanto lia pensou: estes livros não merecem estar nesta angústia, eles têm que se divertir, e no que depender de mim o segredo deles estará sempre em segurança…"





09 novembro 2010

Concurso "À Descoberta de Provérbios"

Durante a semana de 13 a 22 de Outubro de 2010, decorreu um concurso que pretendia divulgar alguns provérbios populares. Depois de analisar os vários questionários, chegámos ao seguinte resultado:

1º Prémio: Mário Lucas Silva, do 8ºD
2º Prémio: Catarina Sofia Almeida, do 8ºC
3º Prémio: Joana Costa Lima, do 8ºC

A estes alunos muitos parabéns. Como prémio a  BE ofereceu um livro e um certificado.

A todos os participantes do concurso, muito obrigado.

A BE vista pelos alunos do AVERT

Para assinalar o Mês das Bibliotecas Escolares, os alunos foram convidados a deixar a sua opinião sobre a nossa Biblioteca.
A todos os participantes o nosso muito obrigado.

A Biblioteca é …

  o património da escola.
Inês Bessa
  uma ajuda fundamental.
Adriana Silva
… um local especial.
Catarina Casais
… um local de trabalho.
Márcia
… a fonte de saber e da cultura.
Bruna Nunes
… um lugar onde se partilha a sabedoria.
Ricardo Ribeiro
… uma fonte de cultura onde podemos usar um livro, abri-lo e desvendar grandes mistérios.
Sara Machado
… onde podemos ler livros.
Beatriz Sousa
… um local mágico cheio de mundos diferentes à espera de serem explorados.
Gil Silva
… um lugar cheio de fantasias e de mistérios.
Diana Carvalho
… um sítio onde podemos jogar, estudar e ler.
Rita Passos
… um local para trabalhar, estudar, ler livros e pesquisar. Eu gosto do CRE.
Ana Lobo
… gosto de estar na Biblioteca e faz-me sentir bem.
Filipe
… quando entro sinto uma inspiração no ar!
Duarte Magalhães
…uma aventura!
Verónica
…onde os livros nos trazem fascínio para todos nós!
Ruben Daniel
...educa-nos culturalmente e torna-nos melhores cidadãos!
João Teixeira Freitas
…é um local, onde podemos ler e podemos trabalhar!
Mariana Morais e Jéssica Filipa
… é o máximo, deixa-nos ver tudo!
João Freitas
… é um lugar divertido, onde podemos estudar, jogar e ouvir música, isto é o paraíso!
Filipa Monteiro

03 novembro 2010

O prazer da escrita

       Escrever não deve ser um fardo, deve ser feito com prazer.
       Quando tal acontece, independentemente da idade, a qualidade vem ao de cima.
       Para exemplicar estas afirmações, decidimos publicar o seguinte texto de uma aluna do 5º ano.


                                                  O pincel de prata             
           
Era uma vez uma menina chamada Angelina. A Angelina não tinha amigos para falar ou desabafar pois a única pessoa que tinha era a sua madrasta, que era má como as cobras e a proibia de sair de casa. Como devem imaginar ela não falava com ninguém, apenas falava com os passarinhos, que ouviam as suas lamúrias inconsoláveis e vinham ter com ela para a consolarem.
Num dia lindo de sol, a Angelina, como todos os dias, foi fazer os trabalhos domésticos que a sua madrasta lhe mandara. Naquele dia, o seu trabalho era limpar a cave, que estava a abarrotar de livros.
“Tarefa mais complicada do que esta, não deve haver…”- lamentou-se ela.
Mas a pobre Angelina nada podia fazer. Reclamar com a sua madrasta, nem pensar. A sua única hipótese era fazer o que lhe era dito. Mais tarde, quando ainda estava a limpar a primeira prateleira da terceira estante, de vinte e cinco, encontrou uma caixinha com o seguinte bilhete:

Querida filha,
 Oferecemos-te esta escova de prata em nome do nosso    amor eterno. Esperamos que a uses todos os dias ao acordar de manhã.
Beijinhos dos teus pais
Rosalina e Francisco

Quando a Angelina leu o bilhete quase chorou. Recordou os seus falecidos pais e a sua madrasta, com quem o pai casara depois de Rosalina, a mãe biológica da Angelina, ter falecido. Cheia de curiosidade para ver o presente lhe tinha sido oferecido, abriu a caixinha e, lá dentro, estava uma linda escova de prata, tal como dizia no bilhete. Voltou a fechar a caixinha e guardou-a no bolso do avental.
No final da limpeza, apressou-se a subir as escadas em direcção ao seu quarto e, já lá dentro, escovou o cabelo loiro e comprido com a sua nova escova. Ao dar a primeira escovadela, a sua maravilhosa prenda transformou-se num pincel de prata com uns pêlos muito finos e delicados. Ela, que gostava muito de pintar, embora não tivesse folhas, pensou:
“Que bom!!! Acho que o meu quarto precisa mesmo de uma pintadela… Já sei! Vou pintar na parede a cidade que se vê daqui. Vai ficar linda!”
Começou a sua obra, que acabou em menos de uma hora e meia. Ficou então deslumbrada com o seu retrato da cidade de que tanto gostava. Nem ela poderia acreditar que tinha sido ela a pintar até que….:
- Ei, não te esqueces que eu também pintei e ainda fiz mais esforço do que tu!!!
Angelina não podia acreditar que o seu pincel estivesse a falar. Se calhar ainda estava a sonhar com o seu retrato da cidade, mas não hesitou em perguntar:
- Quem é que está a falar?
- Sou eu, o teu pincel. Ou melhor, o teu pincel mágico!
- Como é que é possível? Os pincéis não falam…
- Queres tu dizer: os pincéis normais não falam, não é verdade? Pois eu sou um pincel mágico, como já disse há pouco…
- Ah, e tu fazes magia?
- Sim, que magia queres que eu faça?
- Que me leves à cidade!
E, em menos de um minuto, com pozinhos de perlimpimpim, estavam ambos na cidade. A partir daí tornaram-se muito amigos e, assim, sem a madrasta saber, começaram a ir todos os dias à cidade.
E esta é a história de uma menina que não tinha amigos mas acabou por encontrar um amigo muito diferente de todos os outros!!!
Ana Guimarães, 5ºC, nº 3